André Oliveira, médio ofensivo de 2005 do Futebol Clube do Porto é uma das principais referências da formação dos dragões. Iniciou a sua formação bem cedo na AD Grijó e em 2017/2018 reforçou os dragões. É inteligente, tem boa qualidade de passe e gosta de aparecer em zonas de finalização.
1- Iniciou o seu percurso na Associação Desportiva de Grijó em 2014/2015, como iniciou o gosto pelo futebol?
Na verdade iniciei uns anos mais cedo, por volta dos meus 4 ou 5 anos.
É uma paixão que vem desde muito novo, eu próprio não me consigo recordar de como começou. Desde que me lembro de mim, lembro-me de adorar ver e jogar futebol.
2- Na época 2017/2018 ingressou no Futebol Clube do Porto quando ainda era infantil, como surgiu o convite? Como foram os primeiros tempos de dragão ao peito?
O Grijó tem um escola de Dragon Force.
Nos últimos anos no Grijó representei a seleção do Dragon Force no mundialito do Algarve. Entretanto, as coisas iam correndo bem até que o convite surgiu.
Foi sem dúvida o alcançar de um sonho. Sempre fui portista, toda a minha família também o é.
A sensação de ser jogador do meu clube de coração é algo absolutamente inexplicável. Nunca esquecerei o meu primeiro jogo pelo Porto, bem como o primeiro jogo que usei a braçadeira. Ainda hoje, na minha quarta época, a emoção ao entrar em campo com esta camisola é sempre a mesma.
A adaptação foi fácil, mas também senti que teria que trabalhar sempre com muita vontade para poder honrar o clube que represento.
3- Participou no Lopes da Silva que se realizou em Leiria e Santarém, como foi a experiência de participar no torneio mais conceituado do escalão SUB14?
Sempre tive o objetivo de poder ir ao torneio, é sem dúvida um torneio incrível onde se encontram todos os melhores jogadores do nosso país.
Chegar a uma montra como essa, que tanto influência para as convocatórias da seleção nacional, como capitão da seleção do Porto foi algo que senti que seria importante. Posteriormente, o facto de ter sido o melhor marcador, a par de um jogador da seleção de Braga, fez me sentir completamente satisfeito com a minha prestação.
Infelizmente o que mais queria nesse torneio não aconteceu, que era conseguir a vitória para a nossa Associação, mas foi sem dúvida uma excelente experiência.
Independentemente de qualquer objetivo pessoal que consiga alcançar, abdicaria sempre de todos pelos nossos objetivos coletivos. A magia do futebol está no seu lado coletivo, que nos faz correr todos uns pelos outros.
4- Já representou a seleção nacional, qual o sentimento de cantar o hino e representar o seu país?
A sensação é fantástica. Representar o país, cantar o hino .. Não consigo descrever o que se sente, é simplesmente um sonho para qualquer português representar o país.
Sei apenas que em mim, momentos como este despertam o sentido de responsabilidade e lembram-me do quanto terei que trabalhar sempre para que possa vive-los várias vezes no futuro.
5- Como consegue conciliar a escola com o futebol?
Embora a minha paixão pelo futebol me faça colocá-lo como o meu grande objetivo a nível profissional, tenho noção de que nada está garantido e que, embora por enquanto as coisas estejam a correr da melhor forma possível, o futuro nunca estará garantido e terei sempre que me esforçar para poder realizar o meu sonho, dependendo mesmo assim de coisas que eu nunca conseguirei controlar. Por isso mesmo, tenho noção que devo focar-me no meu trabalho de estudante e nunca deixar de aprender nada. Divido o meu tempo de uma forma muito organizada, desperdiçando muitas vezes tempos livres para que consiga estudar e cumprir os meus objetivos escolares com distinção, e mesmo assim continuar a treinar com o máximo de empenho e evoluir de forma constante.
6- Em que campeonato gostaria de jogar sem ser o português? Por que equipa?
O meu maior sonho é alcançar a equipa principal do Porto e ganhar muitos títulos pelo meu clube. Depois disso, gostava de jogar na Premier League ou na Liga Alemã. Gosto muito do Liverpool e do Dortmund.
7- Qual o pior momento da sua carreira até aqui? Qual o conselho que daria para que outro no teu lugar o superasse?
Sem dúvida que o pior momento foi esta interrupção devido à pandemia, mas nem eu nem ninguém conseguiríamos alterar isto. O único conselho que posso dar numa situação destas é para aproveitarem o tempo para treinar bastante fisicamente e com isso poderem evoluir nesses aspetos.
8- Qual o jogador com que se identifica mais?
Os que tenho como maior referência são o Xavi e o Iniesta.
Também gosto muito do De Bruyne e do Wjnaldum.
9- Principal objetivo para a época 2020/2021?
O objetivo num clube como o Porto é sempre vencer todas as competições em que estamos.
Sem duvida que o Campeonato Nacional é o maior dos objetivos, mas pessoalmente também gostava muito que conquistássemos a Youth League.
A nível pessoal, espero evoluir bastante e aprender tudo o que os treinadores e os meus colegas mais velhos têm para me ensinar.
10- Quem mais o apoia nesta caminhada?
A minha família é fundamental, são sem duvida o meu maior apoio, mas o papel do clube tem também uma grande importância no meu desenvolvimento.
11- Se não fosse jogador profissional o que faria?
Gostaria de estudar Gestão ou Gestão Desportiva.