Mauro Couto, extremo de 2005 do Futebol Clube Paços de Ferreira é uma referência na formação dos pacenses. A boa capacidade técnica e a desinibição com que vai no 1×1 são as suas principais características. Com formação no Futebol Clube do Porto, Mauro é um dos maiores destaques desta 1ªfase do CN Juniores 1ª divisão, tendo recentemente ido à primeira convocatória da seleção nacional SUB18.
Iniciaste a formação no Futebol Clube de Cête com 6 anos, como surgiu a paixão pelo futebol?
A paixão surgiu devido principalmente ao meu pai que sempre foi uma pessoa ligada ao futebol que me “criou” sempre com essa ligação à bola desde muito cedo. Os meus primos tiveram também um papel importante para o despertar desta paixão pois sempre joguei muito com eles e ia ver os jogos deles sempre que podia.
Chegaste ao Futebol Clube Penafiel na época 2014/2015, onde tiveste durante 4 anos e na época 2018/2019 ingressaste no FC Porto, com que visão fica um atleta tão jovem que representa um clube de uma dimensão tão grande?
É um momento de muita felicidade, ter a possibilidade de representar um dos maiores clubes de Portugal sendo ainda tão jovem foi algo que me deixou muito orgulhoso. Por outro lado, é um impacto muito forte pois exige mudanças que nem todos os jovens conseguem gerir e lidar com tão pouca idade tendo sido assim uma fase de adaptação difícil e demorada.

Passados 3 anos, saíste do Futebol Clube do Porto e começaste a representar o Futebol Clube Paços de Ferreira, como foi a tua mudança?
Creio que foi uma mudança positiva, novamente foi necessário tempo para adaptar a novas ideias e a uma realidade diferente mas acho que consegui gerir da melhor forma a situação e muito se deve á forma de como a equipa me recebeu e me pôs á vontade.
Atualmente és extremo, sempre jogaste nesta posição? Quais as principais características te definem?
Sim, sempre joguei nesta posição, houve uma exceção no meu último ano a representar o Futebol Clube Do Porto onde joguei a lateral esquerdo mas desde que jogo futebol de 11 sempre fui extremo. Como principais características posso destacar a velocidade e capacidade de decisão no último terço, acho que sou forte no 1vs1 podendo desequilibrar e criar chances de golo.
Estreaste-te recentemente nas convocatórias da seleção nacional SUB18, como foi a primeira vez de puder ter as quinas ao peito, apesar de ser um estágio?
É um orgulho enorme, acho que é o sonho de todas as crianças que estão ligadas ao futebol poder um dia representar o seu país e embora ainda não o tenha feito em jogos oficiais o estágio dá um cheirinho dessa sensação e é uma felicidade imensa. É também um sinal de que o meu trabalho está a ser observado e que acreditam no meu potencial.
Aos 16 anos estreaste na 1ª Liga frente ao Casa Pia AC sendo o mais jovem da atual época, como foi a tua primeira experiência no alto nível?
Foi uma experiência incrível. Estrear na maior competição em Portugal com apenas 16 anos é algo que me deixa muito orgulhoso de todo o trabalho feito até agora. Foi um momento de nervosismo e ansiedade antes de entrar em campo mas após a bola começar a andar senti-me muito bem e feliz por estar a fazer o que mais gosto, na maior competição, com tão pouca idade a representar um clube que sinto imenso.

Qual o pior momento da tua carreira até aqui? Qual o conselho que darias para que outro no teu lugar o superasse?
Um dos piores momentos foi a saída do Futebol Clube Do Porto. Tendo em conta que foi uma decisão do clube em me dispensar, foi algo que mexeu imenso com o meu lado emocional. Para qualquer pessoa que esteja a passar ou que ainda passará por isso posso afirmar que não é o “fim do mundo” e que é algo que podemos usar para amadurecer e para evoluirmos muito como jogador mas também como pessoa. Posso aconselhar também a agarrar a oportunidade que irá ser dada por outro clube e fazer de tudo para obter o melhor desempenho possível e para nunca desistir.
Quem é o teu maior ídolo?
O meu maior ídolo é o Ronaldo.
Objetivos para a época 2022/2023?
Muitos dos objetivos que eu tinha idealizado para esta época já foram cumpridos como a estreia na primeira liga e a chamada à seleção, dito isto um dos maiores objetivos é manter este registo positivo para continuar a existir a possibilidade de jogar mais minutos na primeira liga e representar a seleção nacional com maior frequência.

O que é para ti o futebol?
O futebol para mim é uma realidade diferente, todas as preocupações e problemas passam quando estou num campo de futebol, é algo que me faz muito feliz e que traz muitas coisas boas para a minha vida, é a minha paixão e é um mundo de aprendizagem constante, retiro do futebol muitos dos meus melhores valores como ser humano e é também graças ao futebol que tenho as melhores amizades da minha vida.
Quem mais te dá apoio nesta caminhada?
Sem dúvida a minha família, sempre estiveram muito presentes no meu percurso e pretendo que continuem a estar, ajudam-me sempre a tomar as melhores decisões e sou muito grato pelo apoio deles.
O que gostarias de fazer no futuro se não fosses jogador de futebol?
Gostaria de estar sempre ligado ao futebol por isso talvez treinador ou empresário, mas noutra área gostaria de ser advogado.