Tiago Ribeiro, médio e internacional português da geração de 2002 é um dos maiores valores da seleção nacional. Iniciou no Coimbrões, passou pelos dragões, mas é no Mónaco que atualmente espalha toda a sua magia. Canhoto, dotado de elevada capacidade técnica e com boa visão de jogo.
Iniciaste o teu percurso no Sporting Clube de Coimbrões e ingressaste bastante novo no Futebol Clube do Porto. Como surgiu a paixão pelo futebol?
A minha paixão pelo futebol surgiu deste pequeno. O meu pai foi jogador e o meu irmão também joga. Desde pequeno sempre amei o futebol, foi uma paixão de família.
Qual foi a tua melhor experiência no Futebol Clube do Porto?
Não tenho uma em concreto. Foram 9 anos e meio ao serviço do Futebol Clube do Porto e tive várias experiências únicas. É um clube único que sempre vou ficar grato e me fez crescer como pessoa e jogador.

Nos jogos que podemos acompanhar, é notada uma especialidade em bolas paradas, essencialmente livres. Qual o segredo?
Treino muito bolas paradas! No momento que elas acontecem tento dar o meu melhor e estar focado ao máximo.
Em 2015/2016, participou no Torneio Lopes da Silva, sendo capitão da AF Porto. Como foi a sua experiência? O que o marcou?
O torneio Lopes da Silva foi uma experiência única que vou levar para a vida. É um torneio único, embora não tenhamos conseguido realizar o nosso objetivo nem termos feito um bom Lopes da Silva. Valeu pela experiência que recordarei para sempre.
No Verão do ano 2018/2019 assina pelo Mónaco de França. Como foi a fase de adaptação?
Os primeiros meses foram um bocado complicados, mas depois fui-me habituando. Nesse 1ºano também fui muitas vezes à seleção o que me permitia vir várias vezes a Portugal. O 2ºano foi mais fácil, comecei a aprender a língua e adaptei-me ainda melhor. Fiquei cada vez mais no clube e agora sinto-me em casa.

Já conviveu com alguns talentos reconhecidos em Portugal como Fábio Silva e Tomás Esteves e em França como Enzo Millot, Chrislain Matsima ou Nicolò Cudrig. Na tua opinião quais as principais características que um jovem talento tem de ter?
Eu acho que um jogador precisa de ter boa técnica e algum físico, mas o mais importante é a cabeça. Agora sinto mais isso, quando estou mais cansado e a minha cabeça está bem eu vou com tudo, sempre na luta, mas quando a minha cabeça não está bem as coisas correm-me mal, por isso eu acho que o mais importante é a cabeça e depois a qualidade técnica e a parte física.
Representou a seleção nacional por várias vezes, qual o sentimento ao cantar o hino?
É único! Cantar o hino do teu país não tem explicação, espero fazê-lo muitas mais vezes porque para mim é sem dúvida o que um jogador de futebol quer concretizar. É algo que não tem explicação.

Como lidaste com a situação pandémica a partir do momento que deixou de haver treinos no campo?
Foi uma situação difícil. Tentei fazer sempre uma boa alimentação e fiz muitos treinos em casa. Tentei tornar-me mais forte mentalmente e pensar positivo, mesmo não tendo sido fácil. Ainda agora estamos a passar por isso, só temos tido treinos. Sei que as coisas vão correr bem e no final vai dar certo.
Qual o pior momento da sua carreira até aqui? Qual o conselho que daria para que outro no teu lugar o superasse?
Não tive um grande pior momento na carreira, mas claro que já tive maus momentos por jogos que não correram bem e por estar aqui sozinho já pensei em coisas que não devia, mas se formos fortes mentalmente conseguimos superar tudo, não custa nada pedir ajuda às pessoas mais próximas.
Quem é o teu maior ídolo?
O meu ídolo é o meu irmão (Sérgio Ribeiro), embora goste de vários jogadores. É o meu irmão pela pessoa que é e pelo que já passou.

O que é para ti o futebol?
O futebol para mim é a minha vida. Sem o futebol não sei o que seria da minha vida.
Quem mais te dá apoio nesta caminhada?
A minha família sem duvida, está sempre perto. Espero que seja para sempre.
O que gostarias de fazer no futuro se não fosses jogador de futebol?
Gostaria de ser lutador de boxe.